Ventor pela Europa
Numa colina, mais elevada, sobre as planícies de Salisbury, no centro sul da velha Inglaterra, estava o Ventor sentado sobre o seu cavalo branco, Antar, observando alguns movimentos estranhos dos habitantes locais, dirigidos por homens vestidos de branco.
Sobre o Antar, o Ventor observava atento o que se passava à sua volta e não entendia nada. Grandes aglomerados de homens se esforçavam a tentar mover algo gigantesco para as suas possibilidades. Mais afastado, num outro local, o Ventor observava uns pilares de pedras colocados na vertical, em circo e isso causava-lhe estranheza.
Em tempos passados, o Ventor tinha caminhado pela Atlântida que visitava e aproveitava para ferrar o seu cavalo Antar no seu amigo Mitonde, um velho ferreiro muito profissional que ferrava os cavalos da realeza. Juntos, sempre que podiam, o Ventor e o Mitonde caminhavam pela Europa, por onde se encontravam de vez em quando. Por vezes viajavam juntos e o Mitonde deixava o Ventor por aí e regressava à Atlântida, para resolver alguns problemas, regressando mais tarde , a essa ilha a que, no futuro, os homens viriam a chamar de Grã-Bretanha ou por algumas das estâncias mais desenvolvidas onde se desenrolavam as migrações de povos, normalmente, das estepes asiáticas para as planícies europeias.
Freyr e Gullinbursti, um deus nórdico
Antes da tal ilha, fazia algumas viagens pela Europa continental do centro e norte, por onde se encontrava com Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outros, e conversaram sobre a rudeza dos povos que então povoavam este lindo continente.
Entretanto, o Ventor foi assistindo às várias destrezas dos homens da época, quer na caça, quer na sua habilidade de colectar os frutos comestíveis da época e os velhos artistas de então que foram deixando por aqui e por ali, as imagens que nos deixaram pintadas nas rochas, dos tectos das grutas onde se abrigavam dos frios (como Altamira), comunicando assim, aos vindouros, como era o mundo do seu tempo.
Depois de uma caminhada nas margens daquele rio bonito a que vieram a chamar Tamisa, passou a subir colinas e esperar quase todos os dias que o nevoeiro sumisse esfarelado pelos raios luminosos e quentes do seu amigo Apolo.
Poseídon, deus dos oceanos
Entretanto, cavalgando nos nevoeiros esfarrapados, entre as colinas acinzentadas e foscas, ia observando, nas áreas envolventes, as actividades daquelas gentes e recordava aquela velha Atlântida tão civilizada e desenvolvida que Poseídon o Deus dos oceanos, todo invejoso, resolveu levar para junto de si.