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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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Nabuco

Mais uma história que o Ventor contou ao Quico.

Nabuco, foi assim que Verdi lhe chamou, era filho de Nabopolassar, velho amigo do Ventor e ficou conhecido na história por Nabucodonosor II o 2º Rei do Neo-Império Babilónico (reconstituído por Nabopolassar). Disse o Ventor ao Quico e ele assim escreveu:

 

Nabuco

«Nabucodonosor II, sucedeu a Nabopolassar, seu pai e governou os destinos da bela cidade de Babilónia e seu império, durante 43 anos, entre 604 A.C. e 562 A.C.. Ele sucedeu a seu pai, Nabopolassar, e começou logo a sofrer duma doença conhecida, em todo o mundo, como megalomania.

Não gostava dos judeus e lembrou-se de alargar o império Babilónico, herdado de seu pai, Nabopolassar, amigo do Ventor que, anos antes, se havia revoltado contra o rei Assírio com a ajuda do Ventor e de outros.

Uma moeda babilónica com a representação de Nabucodonodor II, tirada da Wikipédia 

Nabucodonosor II, é o mais conhecido governante do Império Neo-Babilónico. Fez um tratado com o Rei da Média, Ciáxares, velho amigo de seu pai, no qual estava previsto o seu casamento com sua filha Amitis, princesa dos Medos, realizado em 612 A.C..

Depois de considerar, em segurança, a sua retaguarda, reforçada pelos Medos, decidiu alargar as suas fronteiras, em direcção do Egipto e decidira destruir o estado tampão de Israel, bem como tudo que encontrasse pela frente. Mas foi a conquista do Reino de Judá que tornou o Rei Nabucudonosor famoso, devido à destruição de Jerusalém e do seu Templo, em 587 A.C..

Mas Nabucodonosor ficou também famoso pelas suas construções levadas a cabo na velha cidade de Babilónia, entre elas, os seus Jardins Suspensos, uma das sete maravilhas do mundo antigo.

 Os jardins suspensos de Babilónia, construídos por Nabucodonosor II (um desenho imaginativo tirado da Wikipédia)

Esses jardins terão sido construídos para consolar Amitis a esposa meda de Nabucodonosor II (filha de Ciáxares) que, segundo alguns amigos do Ventor lhe disseram, então, vivia com saudades da sua terra, dos seus campos e florestas. O Ventor nunca acompanhou muito bem o reinado de Nabuco, porque ele era diferente de seu pai Nabopolassar que, apesar de se revoltar contra os assírios e ter travado várias batalhas em defesa da velha Babilónia, era um homem com tendências de paz, coisa que Nabucodonosor não sabia o que era. Nabuco, era um rei com tendências sanguinárias e obcecado pela destruição do velho Templo de Salomão, o que conseguiu.

Fora isso, ele transformou a velha cidade de Babilónia, na rainha do Oriente, um belo centro cultural, comercial e, talvez, na linguagem de hoje, um grande centro financeiro do mundo do seu tempo.

Entre as suas grandes construções arquitectónicas, além dos Jardins Suspensos, construiu um canal de defesa a ligar os rios Tigre e Eufrates, a 40 kms de Babilónia, cercado por um muro em toda a sua extensão - o Muro dos Medas, cercou Babilónia por um sistema de muralhas duplas, reconstruiu os seus templos e construiu um Zigurate com cerca de 90 metros a que quis chamar de nova Torre de Babel, imitando a outra construída por Nemrod.

Nabucodonosor era um líder cruel. Ele pensou expandir o seu império para SW e iniciou uma campanha militar contra os egípcios, derrotando-os, em Carquemish (actualmente, a cidade de Jerablus), em 605 A.C., cidade situada na fronteira entre a Síria e a Turquia, perto do rio Eufrates, a cerca de 100 kms a NE de Alepo. A sua campanha contra os egípcios teria a sua razão de ser, pois os egípcios mordiam nos calcanhares dos babilónios, bem perto do rio Eufrates e a batalha de Carquemish, deu-se ainda no tempo de Nabopolassar, amigo do Ventor, que devido a doença grave, entregou o comando do seu exército ao seu filho, como seria natural.

Na sequência da batalha de Carquemish, e da derrota egípcia, deu continuidade à sua linha de acção, rumo a SW e conquistou uma boa parte da Cilícia e da Síria, alargando bem o seu território com essas conquistas e, 604 A.C, Jeoiaquim, Rei de Judá, tornou-se seu vassalo mas, logo de seguida acabou por se revoltar.

Os exércitos babilónicos, cercaram Jerusalém em 598, A.C., Jeoiaquim morreu e sucedeu-lhe seu filho, Joaquim, também conhecido por Jeconias, como Rei de Judá que, acabou por se render, voluntariamente mas, juntamente com grande parte dos seus nobres e povo, foi deportado para a Mesopotâmia e essa deportação ficou conhecida como - Cativeiro de Babilónia.

Sucedeu-lhe, no trono de Judá, seu tio Zedequias mas não se entendeu com os babilónios e, apoiado pela sua corte, aliou-se aos egípcios, contra Nabucodonosor II e revoltou-se. Assim, em 587 A.C., Nabucodonosor II manda invadir o reino de Judá, tomando as suas cidades fortificadas e cercou Jerusalém durante 18 meses, acabando por destruir a cidade e o seu Templo.

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A Jerusalém de hoje. A velha Jerusalém, nesta história, foi destruída por Nabucodonosor II

Nabuco, aniquilou os Fenícios, cercou a cidade de Tiro durante 13 anos, de 585 A.C. a 572 A.C., e obteve um poder hegemónico no Oriente Médio, conquistando tudo até ao Mar Mediterrâneo. Porém, a cidade de Tiro, já então com uma poderosa marinha, aguentou-se firme e, as forças de Nabuco foram obrigadas a retirar ao fim de 13 anos de cerco. A famosa cidade de Tiro, defendida por poderosas muralhas, aguentou firme até anos mais tarde sofrer o cerco de Alexandre, o Grande, caindo ao fim de 7 meses de luta, 240 anos depois depois do cerco de Nabuco, perante a intrepidez macedónica.

Mas depois da sua morte e sem sucessor, com a força de Nabucodonosor, os babilónios caem diante dos exércitos persas, em 539 A.C., comandados pelo Rei Ciro II da Pérsia, conhecido na história como Ciro o Grande, que mandou desviar o curso do rio Eufrates para conseguir penetrar na velha cidade de Babilónia».

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

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