Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

O Ventor observa o Passado

caminhando pela História

O Ventor observa o Passado

caminhando pela História

krak-of-chevaliers-1078528_960_720.jpg


O Crack des Chevaliers, na Síria, que já enfrentou tudo, até o Dayesh. Foi também conhecido como a Fortaleza dos Curdos (os primeiros a constuílo) e só no século XIX, passou a ser conhecido como Fortaleza dos Cavaleiros



O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas. Ele sonha, caminhando, que as estrelas ainda brilham no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo. Ele vai ao encontro do Sol, tal como o vexilóide de Alexandre o Magno


? Bem, depois ... vamos caminhando!


Adrão e o Ventor
Caminhando por aí
Ventor e a África
O Cantinho do Ventor
Planeta Azul
A Grande Caminhada
A Arrelia do Quico
Os Amigos do Quico
Fotoblog do Quico
Fotoblog do Ventor
Fotoblog de Flores
Rádio Ventor
Pilantras com o Ventor
Fotoblog do Pilantras
Montanhas Lindas
Os Filhos do Sol
As Belezas do Ventor
Ventor entre as Flores

02.06.03

A Fundação de Alexandria


Ventor e Quico

O que o Ventor me conta!

Ouçam o que ele me diz! Vou contar-vos a história como o Ventor a contou a mim.

Freedom March, de Vangelis. Aqui vai a marcha dlberdade de Vangeli

Alexandria, bem como outras cidades, foi mandada edificar por Alexandre Magno e tal como todas elas, faz parte desta Grande Caminhada do povo helénico que já se prolonga por milénios. Esta Marcha da Liberdade de Vangelis, leva-nos a caminhar por trilhos que desembocaram numa grande "estrada" construída por uma grande civilização a que os homens vieram a chamar de Helenismo. 

Esta foto tirada da Wikipéda e é da autoria de Argenberg.

This file is licensed under the Creative Commons Attribution 2.0 Generic license.

Alexandria foi uma cidade importante ao ponto de merecer a intervenção de grandes homens de diferentes civilizações, como Ptolome, Pompeu, outros gregos e romanos e gentes de outros quadrantes, mas a sua fama está na sua Biblioteca e na propagação do Helenismo

Disse-me o Ventor que, uma vez, dois milénios e tal para trás, o seu amigo Alexandre, ... aquele que ... (o Grande, sabeis!), encontrava-se numa praia, numa terra do Egipto, de pé, apoiando os seus braços na garupa do Bucéfalo a olhar o mar e a pensar nos seus próximos passos, quando o Ventor, em mais uma das suas surtidas pelo Planeta Terra se aproximou montado no seu cavalo branco, Antar. Alexandre largou o Bucéfalo, o Ventor, ainda afastado, largou o Antar e os dois cavalos começaram a correr um para o outro e começaram uma belíssima brincadeira, correndo, escabriolando, a par, pela praia fora, junto às águas do Mediterrâneo.

 

Localização de Alexandria, no Egipto

Alexandre, ficou sorrindo, de braços cruzados, vendo os cavalos a correr enquanto o Ventor caminhava devagar, calçando umas sandálias gregas que deixavam entrar a areia seca a roçar-lhe a pele dos pés e, penetrando entre os dedos. O ventor já estava a ficar danado por ter descido do Antar. O Ventor nunca gostou da areia seca das praias mas, também estava contente ao ver como o Bucéfalo e o Antar se davam tão bem. Alexandre ia olhando o Ventor pensando como começar uma conversa que nunca mais acabaria, sobre os desígnios que tinham levado Alexandre por terras do Egipto.

Nessa conversa, voltou a repetir ao Ventor, as razões porque pretendeu fazer-se Faraó do Egipto (depois fez um sinal com a cabeça, apontando para a aldeia de Rhakotis) e como ele, o seu novo Faraó, iria, sem qualquer dúvida, tornar-se inesquecível na história das gentes do Nilo.

O Ventor sorriu e não achou grande piada, por ele se dizer filho de deuses mas, como isso não era da sua conta e daí não viriam grandes males ao mundo, perguntou a Alexandre se achava que se tornaria realmente "grande" pelo facto de se tornar Faraó do Egipto, esquecendo-se que ainda iria ter de voltar a encontrar os persas pela frente e resolver o problema de Dario III que, para Alexandre, tinha cometido o maior crime de todos quando insultou seu pai (o rei Filipe da Macedónia, então, já morto).

Mas Alexandre, sempre pensativo, sentou-se na areia seca pegando num pauzinho também seco que tinha sido para ali transportado pelas ondas do mar Mediterrâneo e apontando o chão para o Ventor, começou a traçar sulcos na areia. O Ventor ajoelhou-se na areia e perguntou a Alexandre para que serviam aqueles gatafunhos rectos e curvos que ele continuava a traçar na areia seca. "O sistema não é bom" - disse Alexandre, ao ver que a areia de tão seca que estava, rolava puxada por uma maresia, logo entupindo os sulcos e, levantou-se dirigindo-se para a areia húmida, fazendo sinal ao Ventor para o acompanhar.

Foi ali, na areia húmida das costas do mar Mediterrãneo que Alexandre traçou para o Ventor aquilo que podia ser coinciderada a planta arquitectónica daquela que viria a ser a bela cidade de Alexandria.

Alexandre traçou e retraçou a areia e, por fim, virou-se para o Ventor e disse-lhe: "vês! Isto que vês aqui, é a planta daquela que, como tu já sabes, vai ser uma das mais importantes cidades deste mundo oriental".

Foto tirada da Wikpédia - . Marcos pregando em Alexandria

Depois levantou-se e com as sandálias começou a destruir a célebre planta da futura cidade de Alexandria, olhou o Ventor, apontou para a testa e disse: "já está aqui, se não fosse eu a destruí-la, seria o mar e, já tenho homem para realizar esta obra, tal como eu a quero. É o Dinocrates". «Sim, ele é bem capaz», disse o Ventor.

Alexandre o Grande na fundação de Alexandria, obra de Placido Costanzi (Italian, 1702-1759)

E o Ventor prosseguiu com a sua narrativa:

«Alexandre e eu encontrámos-nos ali, junto ao mar, nesse local, onde hoje fica a cidade de Alexandria e ficamos a olhar as ondas serenas do Mediterrâneo a fazerem a areia rebolar-se naquela espuma branca, onde as gentes da aldeia próxima, chamada Rhakotis se costumavam refrescar. O barulho que ouvíamos junto do mar, não era a água furiosa, era a a areia a rir às gargalhadas quando a água faz cócegas nas barriguinhas bojudas daqueles pedacinhos de rochas desfeitas pelo caminhar dos milénios, as areinhas que estavam sossegadas a apanhar sol. Nós conversávamos sobre aquela mania que o Alexandre teve de se fazer Faraó do grande Egipto, numa época desmoralizante para os egípcios, mas Alexandre era um teimoso e teria de levar a dele avante. E levou! Depois achou por bem acalmar a minha má vontade de não o apoiar nessa sua caminhada que levara a cabo algum tempo atrás, quando se entusiasmara pela rababa.

De repente, numa grande cavalgada pela praia fora, chegavam oficiais de Alexandre com más notícias. Dario III já tinha organizado um poderoso exército e preparava-se para correr, de vez, com Alexandre e as suas falanges das terras que considerava suas. No mar Egeu e no mar Negro, as marinhas reorganizaram-se e Dario concentrara o seu poder naval, em Halicarnasso, mas Alexandre não estava só e já conseguira que os barcos de Chipre se aliassem aos seus que já tinham destruído as marinhas fenícia e cartaginesa por causa do cerco de Tiro, na Fenícia.

Tiro tinha caído e Alexandre preparava-se para a eventualidade de voltar a ter as forças de Dario III pela frente. E foi isso! Em 6 de Abril de 331 AC, segundo as contas do Ventor, Alexandre deu ordens de marcha às suas falanges que voltaram a passar pela Fenícia rumo à Pérsia de Dario. Porém, antes de partir, deixou Dinocrates incumbido de construir a cidade de Alexandria, tal como ele pretendia.

Um interior da velha Biblioteca de Alexandria (tirado da Wikipédia)

Essa cidade foi famosa, fundamentalmente, por se tornar um pólo cultural, com a sua grande Biblioteca, atravessando todo o tempo a que chamamos Helenismo e prosseguindo para além dele.

Por isso, hoje, recordo, o nascimento da bela cidade de Alexandria, porque segundo as contas do Ventor, faz 2.338 anos que Alexandre deixou para trás aquele belíssimo local e, por isso, deixo aqui a minha homenagem ao nascimento de Alexandria e à audácia de Alexandre Magno».

Alexandria, tal como o seu velho Farol, (obra de Emad Victor SHENOUDA) continua hoje a ser um Farol do mundo, através da sua Biblioteca 


Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

1 comentário

Comentar post