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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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Glória a la Vida!

"O Ventor anda mesmo maluco! Mesmo coxo, faz cada caminhada pela Net que até me arrepiam as suas histórias. Basta que ele se possa sentar e aproveita os bocadinhos todos. Arrepiam pois! Ainda para mais, fala-me dos velhos tempos do frio. Vejam como ele está apanhado"!

«Ao passar pelas catacumbas da Net e, à medida que vou driblando o tempo e penetrando nos célebres artigos pictoriais existentes, achei uns retalhos de arte, daquela que foi uma vida de luta, de tristezas e de alegrias, de tempos primordiais à Pré-História, à qual eu assisti, cheio de vontade de fazer o tempo progredir na mente daqueles sisudos homens, aos quais eu pertenci e com os quais partilhei a limpidez das estrelas, das águas puras, dos ares límpidos, da pureza das chuvas, das neves e dos gelos.

 

Os gelos aterrorizavam

Caminhar na neve era terrível. Por isso, era necessário ficar sempre por perto 

 

Observar as pinturas que projectavam os animais nas paredes, era outro. Este bisonte, já foi apreciado pelo Ventor nas Grutas de Altamira

Perante o turbilhão de catástrofes que a Esfera fazia cair sobre o nosso Universo terreno e humano, com o fito de redimir os homens e que acho nunca conseguiu os intentos propostos, tal como eles, demandei cavernas obscuras onde, nos gelos quase perpétuos do quaternário e outras sequências intemporais a que os homens deram nomes científicamente comprovados ou não, permanecíamos vidas inteiras em que só poderíamos espreitar as estrelas para confirmar se o céu continuava a existir e, para mantermos a esperança de que todos os dias Apolo regressava para o cumprimento da praxe do seu sempre amigo Ventor.

Apanhar um pouco de sol para aquecer o corpo e a alma enquanto se dissertava sobre os famosos artistas, era um dos passa-tempos preferidos

As saídas desses buracos, alguns quase pareciam palácios actuais, pelo menos nas suas paredes internas e tectos, constituídas pelos rochedos das montanhas, enfeitadas por homens cheios de habilidade, apenas se dava por curtos intervalos de tempo, quando havia necessidade de reabastecer as despensas com os pedaços de carne que tínhamos que obter nas caçadas dos outros selvagens que, por uma questão de génio, ardil e de forças conjugadas, eram obrigados a ceder-nos as suas energias que iam armazenando no despontar da vida vegetal que angariavam por vales e encostas mais consentâneos às suas existências.

Observar as pinturas que projectavam os animais nas paredes, era outro. Este bisonte, já foi apreciado pelo Ventor nas Grutas de Altamira

Logo na saída das cavernas, todos os humanos prestavam, numa atitude de protração, a sua homenagem diária a Apolo, mensageiro da Esfera e, ao mesmo tempo, agradeciam ao Ventor, por ter tornado sua, a tarefa da sua protecção. Mas, quando os dias viravam autênticas noites, devido a intempéries originadas por lutas sem tréguas, no interior da Esfera e Apolo, por precaução, não se mostrava, todos julgavam que era, dessa vez, o nosso fim. E antes do términus, nada como colocar, em prol do colectivo, a capacidade de cada um.

Assim, ciclo após ciclo, século após século, milénio após milénio, todos os seres humanos, através dos seus mais habilidosos representantes tinham, por engenho e arte, um processo de deixar para a posteridade, uma demonstração do que teria sido a sua vida ao longo da luz e das trevas, nas venturas do tempo com os seus companheiros de caminhada.

Em Lascaux, fazia-se o mesmo

Eu incentivei a que assim procedessem, para que, um dia, na vastidão do espaço e do tempo, todos os vindouros se fossem apropriando dos progressos que seus antepassados foram conseguindo, ajudando-os a continuarem sempre, em diferentes e inovadoras tarefas, que levassem àvante um fluir constante daquilo a que, com os tempos, viemos a chamar civilização, cultura, arte, ... enfim, progresso.

Achei giro que, milénios depois de façanhas milenares, viesse a encontrar em bits de quase nada, tanta grandeza expurgada dessas cavernas quase eternas que vão resistindo a todos os eventos que a natureza, os homens e as imprecações da Esfera as põem à prova.

Aqui, em Lascaux, tal como em Altamira, um dos apaixonados de Diana exibe os êxitos das suas pinturas 

Por isso, gostaria de vos deixar aqui muitas maravilhas da Arte Rupestre, porque foi executada no único papiro conhecido na época. A pedra!

Penso que ainda por lá poderei encontrar pinturas que foram minhas e que representarão as grandes caçadas que eu e Diana levamos a cabo em vales sem fim, através dos tempos e, no aconchego do calor e do amor que nos aqueciam, colocamos os nossos traços de representação de uma vida maravilhosa, própria dos deuses e, no ensino permanente de como fazer a espécie humana levar por diante a sua continuidade neste rodar permanente desta eterna Esfera a que pertencemos».

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

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