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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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O Mar Salgado

Houve alguém que choramingou o mar salgado.

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Disse-me o Ventor que foi o Fernando Pessoa. Foi mesmo! Mas se as nossas lágrimas, conseguiram salgar o mar, apesar dos mares por onde andamos, serem muito maiores, há ainda um mar mais salgado. Tem carradas de sal e nem os peixes lá ficaram. Depois de ler algumas coisas, concluí que os judeus choraram tanto ... mais que nós?

As lágrimas das gentes de Israel, devem ter ficado quase todas pelo mar Morto. Agora me recordo que o Quico tinha algo por aqui sobre os mares. Ele dizia que foram os portugueses que descobriram novos mares, tornearam a África, brincaram às escondidas com os muçulmanos da África Oriental e com os índios, mas os da Índia! Passearam-se pelas costas brasileiras ... se nessa altura houvesse no Brasil um Bolsonaro, aposto que teria recebido os portugueses com um buço, ... nah, como é que se chama? Uma máscara, como a que o Ventor usa. Limitar-se-ia a dizer que era para não morder aqueles portadores de vírus todos armadilhados.

Mas voltando ao mar Morto. Esse é que é mesmo morto. Se calhar afogou em lágrimas.

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Então, cá temos um mapa do mar da Galileia (aquele onde Cristo e os seus apóstolos pescavam, lembram-se?) e cá mais em baixo o mar Morto. Como é evidente têm o nome de mares mas não passam de uns laguinhos. Uns laguinhos que tinham como objectivo ir espreitar os oceanos por baixo mas tiveram de desistir. Apesar de tudo nunca mais lá chegam!

O mar Morto, segundo especialistas, daqueles que eu costumo chamar "experts" começou a ser monitorizado em 1930 e tinha, então, um comprimento de 80 km por 18 km de largura e cerca de 1000 km2. Actualmente tem cerca de 50 pelos mesmos 18 km e cerca de 600Km2. Israel e a Jordânia estão a pensar levar água do mar Vermelho para o mar Morto mas é necessário ter em conta as complicações ambientais.

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Este "mar" encontra-se metido num deserto rochoso, com rochas cheias de sais e é banhado por costas jordanas, israelitas e da Cisjordânia. Ali só resistem algumas arquibactéria e algas. Peixe que se atreva a descer o rio Jordão e entrar no mar morto, morre imediatamente. O sal das suas águas é 10 vezes superior aos outros mares.

Já ouvimos falar dos manuscritos do mar Morto, centenas de textos completos ou não levados a cabo por judeus que, noutros tempos, viveram em cavernas viradas para o mar Morto ou na cidade de Qumran.

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Ruínas da cidade de Qumran 

Como devem imaginar, não será um simples gato que vos vai falar de tudo relacionado com o mar Morto, mas pode fazer umas faíscas para iniciarem a procura. Também não vou falar aqui dos manuscritos do mar Morto pois, que eu saiba, ainda não foram traduzidos para linguagem de gato. Mas fico a pensar nos tubos "pipe-lines" de água que matarão a sede ao mar Morto.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

Taj Mahal - Amor de Pedra Feito

Uma das 7 Maravilhas!

Hoje vou falar aqui de campainhas que tocam, que fazem trim-trim, no meu cérebro.

Há palavras que, quando ouvidas, soam como o trim-trim de uma campainha. Por exemplo: Ormuz ou, se preferirem, o Estreito de Ormuz..

Mapa do Esteito de Ormuz, tirado da Wikipédia

Desde criança que Ormuz é, na minha cabeça, algo de especial. Esta palavra faz referência ao nosso antigo "Império das Índias". Com Ormuz, acompanhando Ormuz, tenho muitas outras, como Cochim, Bombaim, Calcutá, Goa e sei lá quantas mais! Outra palavra que tem uma sonoridade especial e que não tem referência como um nome histórico, é cambraia! Cambraia, vejam lá! Ela faz parte da nossa globalização.

Mas vou voltar a Ormuz. Ormuz é aquele famoso estreito que dá acesso ao Golfo Pérsico, mas para mim, essa palavra é um fenómeno total. Portugal, um país pequeno já foi tão grande, já travou tantas batalhas por esse mundo fora e pode também mostrar a sua grandeza pelas batalhas travadas pelo controlo de Ormuz.

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Foto aérea do Estreito de Ormuz - tirado da Wiquipédia

Por pouco ou muito tempo, nós já fomos senhores do Estreito de Ormuz! E imaginem só que, nessa altura, ninguém ligava ao petróleo. Calculem como seria, na época, se nós lutássemos por Ormuz, por causa do petróleo, se travássemos essa luta por uma estratégia que visasse o domínio dos poços do petróleo, ou das rotas do petróleo. Seria espectacular!

Mas não. A nossa luta era uma luta de fèzadas! Tínhamos a fèzada de dominar a rota das especiarias, terminar com os trilhos das caravanas que atravessavam os desertos, via Samarcanda e rebentar com o domínio Otomano! No fundo, no fundo, a nossa guerra era pela fé e pelas especiarias. Derrotando o domínio Otomano e dos seus aliados, no Estreito de Ormuz, nós mostrávamos aos Otomanos que tínhamos um ou vários desígnios. Acabar com a corrida das sandálias pelos caminhos de Samarcanda, estarmos frente aos inimigos de séculos, no seu seio, quer no domínio religioso, quer no domínio económico, quer no domínio estratégico. Isto tudo para bem da fé cristã, para bem de Portugal, para bem da Europa e também, mesmo que não pensássemos nisso, pela globalização!

Conseguimos fazer o chá entrar na Corte de sua majestade Britânica com outra celeridade e sem a necessidade da intermediação directa ou indirecta dos otomanos. Depois foi o diabo. Tudo por causa de uma coroa! Os inimigos de Espanha passaram a ser os inimigos de Portugal. Os inimigos europeus de Espanha e portanto de Portugal, aliaram-se, pelos lados da Índia, aos inimigos de Portugal, aos persas, aos otomanos, a príncipes, a "rajahs" ... talvez fresquinhos! Mas tudo acabou.

Hoje somos pacíficos! Não temos estratégias para os estreitos de Ormuz, de Malaca, de Adem, ou outros e, na prática, não temos inimigos. Mostramos ao mundo que continuamos a ser Portugal. Tentámos seguir as Nações Unidas a impor a sua paz podre por esse mundo fora e vejam lá, até anunciamos ao mundo quais são as suas belezas!

Para já eu vou pegar numa dessas belezas que vai passar a ser uma campainha mais acentuada, uma vez que ela já o era..

Taj Mahal - O Amor de Pedra Feito, tirado da Wikipédia

Quando decorria a escolha para as novas 7 Maravilhas do Mundo, eu pensava em várias Maravilhas que existem nos domínios estratégicos que dominam e cercam o Estreito de Ormuz. Caminhava pelo Decão, em sonhos, e topava com aquela beleza burilada de pedra de mármore branco a que um dia, um amigo meu, chamou «Amor de Pedra Feito"! Uma obra edificada em nome do amor e pelo amor.

É também em nome do amor que eu dedico este post ao Estreito de Ormuz caminhando pelo Taj Mahal. Se dependesse de mim, faria tudo para que as civilizações, ocidental e oriental, transformassem o Estreito de Ormuz, no Estreito do Amor! E votava nele como uma das futuras belezas naturais da Humanidade!

Mumtaz Mahalit a esposa do imperador Shah Jahan

Agora falando do Mausoléu, Taj Mahal, pois é de um Mausoléu que se trata, como uma das 7 Maravilhas do Mundo, para os menos atentos, é bom relembrar que fica lá para o Norte da Índia, na cidade de Agra e que a sua construção foi levada a cabo por uma força operária de cerca de 22.000 homens que vieram de várias cidade orientais trabalhar neste soberbo monumento.

Foi o Imperador Shah Jahan que o mandou construir em memória da sua esposa favorita, Aryumand Bonu Begam, a quem chamava a Mumtaz Mahal, a «Jóia do Palácio». Ela morreu a dar à luz o seu 14º filho! Por isso, pelo amor que lhe tinha e pela sua morte precoce, Shah Jalan, mandou construir o Taj Mahal como o seu Mausoléu sobre o seu túmulo, junto ao rio Iamuna (o 2º rio sagrado dos índios, depois do rio Ganges, e que dá de beber a mais de 50 milhões de indianos).

O Taj Mahal é também conhecido como a maior prova de amor do mundo, contendo inscrições retiradas do Corão. O Taj Mahal foi incrustado com pedras semi-preciosas como o lápis-lazúli, entre outras. A sua cúpula foi costurada com fios de ouro. O seu corpo principal é constituído por duas mesquitas e quatro minaretes e podemos considera-lo uma obra fabulosa, lindíssima e digna de ser dignificada como uma das 7 Maravilhas do nosso Mundo.

Diz-se que Shah Jahan terá pretendido fazer para ele próprio uma réplica do Taj Mahal original, na margem oposta do rio Iamuna, todo em mármore preto, mas esta obra ter-se-á gorado devido a ter sido deposto por um dos seus filhos, antes das obras serem iniciadas.

Apesar de tão grande opulência, o Taj Mahal é, na verdade, um gigantesco Mausoléu e não um palácio como normalmente se julga. Conta a lenda que, depois de terminados os trabalhos, os artesãos tiveram as suas mãos decepadas para impedir que pudessem fazer alguma reprodução. A ser verdade, isto será uma grande nódoa na beleza do Taj Mahal!

Mas relembremos que as belezas do mundo foram levadas a cabo porque o homem sonha e como devem calcular, sonhar não é pecado. Imaginem que o Shah Jahan levava a cabo o seu sonho de construir uma réplica de pedra mármore preta, no lado oposto do rio? Bem, se olharem com olhos de ver a grandiosidade do Taj Mahal branco de um lado do rio e outro Taj Mahal preto, na outra margem, imaginem o espectáculo que seria observar aquelas duas obras, integradas como se fossem uma só a abraçar o rio Iamuna. O rio Iamuna passa por trás do Taj Mahal. Dá para imaginar?

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

A Torre de Babel

O Ventor falou-me da Torre de Babel. Disse-me que o Senhor da Esfera, tramou a malta que sobreviveu ao dilúvio, com o tempo, formou vários grupos e que entenderam chegar ao céu mas não sabia como. Por isso, construíram um zigurate (torre) muito alto, tanto quanto puderam e iam colocando sempre mais tijolos e mais, e mais, e ... mais!

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Torre de Babel

Essa malta falava toda a mesma língua e entendiam-se muito bem. Mas o Senhor da Esfera achou-os parvos e decidiu trama-los. «Com que então querem chegar muito alto, não é? Querem vir até mim»!? O Senhor da Esfera achou que arranjaria uma maneira de chatear aquela gente e parecia ao Ventor que Ele já estava arrependido de ter ordenado ao Noé, para construir a barcaça. Arranjou maneira de eles não se entenderem. Começaram a mandar vir uns com os outros e houve um que, como não os entendia e verificou que também não o entendiam, disse aos seus homens para mandarem a torre às malvas e saíssem dali. Cada grupo foi à sua vida e, preferencialmente, para longe da torre.

Por causa da mania da construção da Torre de Babel, ainda hoje o Ventor anda chateado. Ele levantou-se e quando estava a comer o pequeno almoço ligou o ipad, como sempre faz, para ouvir as notícias na TV. Todos sabem tudo sobre o Covid-19 mas, ao fim e ao cabo, ninguém sabe nada. São russos, são americanos, são chineses, são alemães, ingleses, japonesas, portugueses e por aí fora. Vê lá Pilantras que, diz-me o Ventor, até os cães da vizinhança falam sobre o Covid-19!

Diz que está farto de tanta teoria na perseguição a esse malvado vírus. Ele desligou o ipad e disse: "dêem-me uma fisga decente e eu mato esse gajo com uma só pedra (não preciso do meu arco)"! Se a fisga entra cá em casa estou lixado. Só espero que ele não a vire contra mim. Já não se pode falar do Covid-19 ao pé dele.

Isto está a ficar mau! Ainda ontem estava um cão no meio da avenida a dizer para outro: «morde o gajo, pá"! «Qual gajo»? "Essa coisinha minúscula que está a passar por ti". O outro que não via coisinha nenhuma, disse: «estou feito contigo, até pareces o meu dono. Já vê o vírus em todo lado»! Chiça!!!

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos