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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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Monte Nebo

Encontrei aqui alguns rascunhos do Quico e, para os que não se recordam, o Quico foi o gato que, antes de mim, era o grande amigo do Ventor.

O Ventor andou a mexer nos discos externos e depois, já farto de tanta coisa, foi ver um filme. Aproveitei para ir vendo o que estaria por aqui, deixado pelo Quico. Encontrei um título de um post começado e não acabado. Esse título era simples. Dizia só: Monte Nebo.

Este é o Monte Nebo de que o Quico iria Falar e a morte não o deixou

"Mount Nebo BW 6" por Berthold Werner - Obra do próprio. Licenciado sob CC BY 3.0, via Wikimedia Commons

Ora eu estou farto de ouvir o Ventor falar em montes e nunca me tinha falado neste. Ele passa a vida a falar da Pedrada o grande monte da vida dele, na Derrilheira, na Naia, na Serrinha, no Giestoso (monte mais alto da serra da Peneda), nos montes que, grandes ou pequenos, nunca acabam.

Abri o Monte Nebo e descobri coisas novas que o Quico já sabia. Às vezes fico a pensar que o Ventor tinha razão ao dizer que eu nunca chegaria aos calcanhares do Quico para falar por aqui, das coisas do mundo mas, o que o Ventor não me disse, é que teve sempre muito tempo para o Quico e tem pouco tempo para mim.

"Cathédrale d'Auch 20" por Vassil - Obra do próprio. Licenciado sob Domínio público, via Wikimedia Commons

Esses homens da foto acima, dizia o Quico, representam os homens que transportavam a Arca da Aliança e, segundo o Quico, ela teria sido escondida pelo profeta Jeremias, nesse tal Monte Nebo, quando os exércitos babilónicos de Nabucodonosor invadiram Israel e destruíram o Templo de Salomão. O Monte Nebo situa-se na Jordânia e tem cerca de 700 metros de altura.

Placa no Monte Nebo

"Mount Nebo Distances" por David Bjorgen - Obra do próprio. Licenciado sob CC BY-SA 3.0 via Wikimedia Commons

Daqui, conforme esta placa, Moisés despediu-se do Planeta Azul. Tinha a terra prometida à vista e não a iria pisar. Foi essa a vontade do Senhor da Esfera a que os israelitas davam e dão, o nome de Jeová. Conforme essa orientação da placa, Moisés viu Jericó, mas não a viu cair aos pés de Josué, quando ele manda tocar as trombetas para o ataque. Dali, Moisés viu Belém, o lago Tiberíades, o mar Morto, Jerusalém, Nablus, Ramallah e todo esse mundo que Cristo pisou

Na Arca da Aliança eram guardadas as Tábuas (chamam-lhe tábuas, mas eram de pedra) que Jeová entregou a Moisés para orientação do povo de Israel. Mas não há homens nem povo que não cometa pecados e o povo de Israel, foi escravizado por Nabucodonosor.

Jeremias terá escondido a Arca da Aliança algures e, há quem pense que ela estará nesse monte - o Monte Nebo.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos

Jericó, no Rio Jordão

Vou ver se sei colocar aqui tudo o que o Ventor me contou sobre uma cidade a que os homens de outros tempos chamaram Jericó. Os meus amigos Ventor e Diana gostavam de caminhar pelas margens dos rios nas suas caçadas. Diana caçava e o Ventor observava. Foi assim, também, nas margens do rio Jordão, como o Ventor contou ao Quico.

 

Torre da cidade de Jericó

Um dia caminhava o Ventor nas margens do rio Jordão e encontrou vários homens a brincar com as pedras. Alinhavam e desalinhavam muros, tentavam fazer muros circulares e, nas margens verdes do rio recolectavam vários frutos, como tâmaras e outros. Jericó foi conhecida no passado como a cidade das palmeiras.

Os homens terminaram as suas brincadeiras e procuravam dormir à sombra de rochas e palmeiras. Outros procuravam guardar o recinto das feras que por ali apareciam.

Uns putos olhavam a paisagem e começaram eles a brincar com outras pedras, iniciando uma aprendizagem que, mais tarde, levou os seus descendentes a prosseguir nos gostos daqueles que passaram a ser os seus avós.

Começaram a organizar-se de um modo mais social. Organizaram a sua vida, aprendendo a tirar partido do seu quinhão de terra por onde caminhavam e passaram a organizar-se numa sociedade cada vez melhor.

 

Entre Jericó e Massada, descendo pela margem direita do Mar Morto

Passaram a tomar conta de alguns animais e perceberam que a terra que lhes dava os produtos com que se alimentavam seria mais generosa se soubessem tratar dela. Ali, nos aluviões do rio Jordão, eles poderiam ficar para sempre e o mundo começou nova aprendizagem! Tinham terra verde nas margens do seu grande rio, tinham a água da vida e tinham praticamente tudo que precisavam desde que se soubessem organizar.

 

Monte Hérmon, na Síria, onde nasce or io Jordão

Haviam muitas coisas que eles não sabiam mas foram aprendendo. Não sabiam tirar proveito das possíveis produções agrícolas, não sabiam que viviam numa depressão geográfica a cerca de 240 metros abaixo do nível médio do mar mediterrânico, nem sabiam que por trás dos seus horizontes haviam outras gentes que, tal como eles, viviam também o seu estágio de aprendizagem.

Na depressão do seu rio, que vai de Israel aos montes Golam, as gentes do rio desenvolveram os trilhos da sua civilização. Aprenderam a trabalhar a agricultura e a construir as suas cidades. O rio Jordão nasce na Síria, no monte Hérmon, com 2814 metros de altitude e com o seu pico quase sempre coberto de neve. Desce até ao Mar Morto, onde entra numa depressão geográfica com 417 metros abaixo do nível do mar mediterrâneo, actualmente, em 2004.

Mas, entretanto, antes de chegar ao Mar Morto ou Mar Salgado, o rio Jordão ainda tem tempo para se espraiar pelo Lago Tiberíades ou Mar da Galileia onde há dois mil anos, Jesus Cristo lançava as redes para pescar peixes e para pescar homens.

Tiberíades, nas margens do Lago Tiberíades o chamado Mar da Galileia

"Sea of Galilee 2008" por Pacman - Fotografia própria. Licenciado sob Domínio público, via Wikimedia Commons

Noutros rios e, com outras gentes, os rios mais mediáticos da história das civilizações, como o rio Nilo, o rio Tigre, o rio Eufrates, o rio Amarelo, o rio Azul e tantos outros, outros grupos humanos, tais como as gentes de Jericó, também travavam o seu diálogo com a natureza das coisas e começaram a aprender a sobreviver.

Tentei recordar aqui o rio Jordão porque, é nas margens dos grandes rios que se desenvolveram as grandes civilizações. E, apesar do rio Jordão não ser um grande rio e fazer parte de uma bacia endorreica, nascendo nas montanhas do anti-Líbano e morrendo num super lago, o Mar Morto, à sua volta desenvolveram-se grandes civilizações, e cidades, sendo Jericó a mais velha cidade do mundo, sempre habitada.

 

Uma vista aérea de Jericó, mostrando as ruínas de Tell es-Sultan

Uma das vezes que o Ventor e Diana voltaram às margens do Jordão começaram a observar que as gentes das suas margens já tinham adquirido os seus conhecimentos de como trabalhar a terra e a pedra.

Os netos dos putos de outrora já tinham feito grandes construções de pedra e já iniciavam e arquitectavam muralhas para a defesa da sua cidade. Tudo isto, há cerca de 11.000 anos!

Foi assim que nasceu a cidade mais antiga do mundo, sempre ocupada socialmente - Jericó! Foi esta a cidade cujas muralhas tombaram ao toque das trombetas de Josué (o substituto de Moisés), à ordem do Senhor da Esfera, quando os judeus fugiram do Egipto.

Esta cidade fica a 8 km da costa setentrional do Mar Morto e a cerca de 27 km de Jerusalém.

Hoje, como há 11.000 anos, as gentes de Jericó e de todo o vale do rio Jordão, continuam a lutar pela sua sobrevivência, sem esquecerem as suas velhas muralhas e outras mais jovens. Foi isto que o Ventor me contou para eu vos recordar.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos