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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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Eu ouvi chorar por Alepo

Alepo, cidade histórica, feita Património Mundial, pela UNESCO, desde 1986.

Alepo é uma cidade habitada desde os 5.000 anos A.C.. Ela foi, uma cidade assimiladora de várias culturas. Habitada por muitos povos, desde ...., Assírios, Gregos (conquistada por Alexandre Magno), Romanos, Egípcios, Mongóis, Muçulmanos, ...

Vista da cidade de Alepo, tirada da Wikipédia, de autoria de Memorino. This file is licensed under the Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported license

Chegou a ser uma das maiores cidades do Império Muçulmano, logo a seguir a Constantinopla e ao Cairo. Foi, em tempos, términos da Rota da Seda. Com a construção do Canal do Suez, perdeu a rota da seda e iniciou o seu declínio, também devido ao isolamento da Síria.

Mas, neste mundo, sempre que ouvimos falar de cidades históricas, é sempre por factores negativos. A última foi Alepo mas, como Alepo, há tantas outras espalhadas pela Síria, pelo Iraque, pelo Afeganistão, pelo Líbano, ...

Por aqui e por ali, por ali e por aqui, existem cidades inesquecíveis que, ou englobam velhas ruínas das suas gentes de outrora ou renasceram e tentam caminhar ali por perto, ainda sobre as cinzas do passado. É assim por todo o médio oriente e não só. Tudo isso, analisando ponto por ponto, quantas vezes em nome de religiões, do petróleo, de interesses estratégicos, quantas vezes sem ligarem puto aos seres humanos que apenas querem viver a sua vida e que os deixem em paz.

Mesquita de Alepo, tirada da Wikipédia, de autoria de Preacher lad. This file is licensed under the Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported license.

Ninguém quer saber de ninguém! Em nome de Alá, em nome de Cristo, em nome de Jeová, em nome de santos e de santas, em nome de egoísmos que não deviam de existir.

A última vez que ouvi falar de Alepo, foi a um estudante sírio num programa de rádio. Ele está refugiado em Portugal a estudar numa universidade, sustentado por uma bolsa de estudos angariada através da Plataforma Global de Apoio às crianças sírias com o apoio do Ex-Presidente da República, Jorge Sampaio.

Esse tal cidadão de Alepo, cujo nome não recordo, disse na rádio que os sírios são fortes e não choram. Eles vivem a tristeza da guerra na Síria, longe da família e eu não acredito que um homem que diz que chora a ouvir a Marisa cantar certos fados, que não chore ao ouvir as ruínas de Alepo a chorarem lá tão longe e que, ao mesmo tempo, sabe dizer que seus pais lhe dizem, de lá tão longe, junto às ruínas de Alepo que estão bem, mas ele não acredita.

Claro que os homens têm muitos modos de chorar mesmo que seja silenciosamente. E sabem que, numa cidade onde falta tudo que é essencial, como a água, a electricidade, o comer, tudo, ... nunca se está bem.

Eu sei amigo sírio que chorarás pela tua família, pela tua Alepo, por tudo o que está a levar a Síria a maiores ruínas. Só espero que continues com os teus estudos e que nada te falte cá no nosso Portugal onde ainda há muita gente de bem e que tu dizes gostar muito. Que nunca te falte o amor da nossa gente, os nossos comeres,os nossos pastéis de nata.

Espero também que essa bela Plataforma Global de Apoio que Jorge Sampaio tudo tenta fazer para continuar com êxito a apoiar-vos nunca falhe, por vós, pela Síria e por Alepo.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos