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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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Techo_de_Altamira_(replica)-Museo_Arqueológico_Na

O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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Machu Picchu

Caminhando, rumo a Machu Picchu, sonhando.

E o Ventor continuou a informar-me (ao vosso amigo Pilantras), tal como já tinha feito com o Quico, do que tinha fixado com os seus passeios por Cusco e disse-me:

No dia seguinte, após mais um duche e o pequeno almoço, espreitei pela janela do hotel e lá estava o Bus que nos levaria dar mais uma volta por Cusco e arredores, por onde observei algumas ruínas incas.

Eu apanhei pouco mas, por sorte, encontrei um resumo do Quico.

 
Calendário solar inca em Sacsayhuaman, arredores de Cusco
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E continuou:

«O Guia falava em castelhano e, não fosse eu levar a lição estudada, o que faço sempre que parto para uma missão, e não catrapiscaria nada mas, nestas circunstâncias, até me podem falar em chinês. Os mapas e roteiros já estavam na minha cabeça.

Chegado da volta do Bus, uma pequena caminhada pela Praça de Armas de Cusco, mais uma olhada sobre os seus horizontes, jantei e instalei-me, mais uma vez, com os mapas e roteiros sobre a mesa, que uma mão ia virando e revirando, enquanto a outra segurava mais um copo de pisco sour. Por fim, quando dei por mim, já catrapiscava os olhos e deitei-me. Dormi tranquilamente umas partes da noite e, nos intervalos, ia sonhando com o Vale Sagrado dos meus amigos Incas e o seu belo rio Urubamba.

 

 

Vale Sagrado dos Incas e o rio Urubamba

De manhã, levantei-me, tomei o meu duche, o pequeno almoço e, ainda muito cedo voltei à Plaza d'Armas de Cusco, onde desentorpeci as pernas e, um pouco depois, iniciava a minha nova viagem rumo a Machu Picchu.

Claro que a minha viagem a Machu Picchu não constava dos roteiros turísticos comprados pelo caminho ou em Cusco. Tratou-se apenas de um grande pesadelo que mais pareceu uma tortura. Fiquei desapontado com o trajecto do rio Urubamba. As imagens eram belas, o rio também mas, a subida para Machu Picchu foi tenebrosa. Os incas eram terríveis! O caminho era péssimo, feito tipo calçada com cerca de 50% da sua largura, já de si muito estreita, a desfazer-se sobre o abismo. Mas a caminhada prosseguia, entre incas amigos e incas hostis. Uns ajudavam-me na subida, outros queriam que eu me espatifasse nos precipícios sobre o rio Urubamba.

 
Cidade Inca de Macchu Picchu
 
Mas cheguei a Machu Picchu!
Nas minhas caminhadas encontro sempre, gente boa e gente má. Neste caso entre os próprios índios incas, havia de tudo. No entanto, subi e desci os socalcos de Machu Picchu, entre uns e outros e, o melhor de tudo, foi ver o milho crescer, a água das regas rumava ao seu objectivo e, os barbos dos milhos cresciam entre os folhatos, nas pontas das espigas. Tirei deste sonho-pesadelo, três coisas interessantes. O pisco sour que ainda hoje espero beber um, a beleza das encostas que desciam dos picos andinos até aos meandros do Urubamba e fiquei a saber que, o rio Urubamba se dirigia rumo a norte para se juntar ao Amazonas. Para mim, então, o rio Urubamba, desceria dos Andes para o oceano Pacífico, ali ao lado mas não! Vi, in loco, no meu sonho que a realidade era diferente».
 
A sonhar, o Ventor já tocou nas pedras dos monumentos e templos incas, sentiu que os seus amigos incas, tal como ele, adoravam o seu amigo Apolo, ou Inti, ou ... e que têm uma predileção especial pela sua amiga Diana e, também, pelas suas grandes montanhas - os Andes.
Não é por acaso que, ainda hoje, os incas, todos os dias 24 de Junho, festejam o sol no seu Inti Raymi- Festival do Sol.
 

 
Mas o Ventor teve outros sonhos e pesadelos com os seus amigos Incas e já assistiu a um Inti Raymi e eu dir-vos-ei algo sobre eles. Eu sei que, o que o Ventor teria querido era beber o seu pisco sour. Mas na noite do sonho foi ao frigorífico a abanar a cabeça e bebeu o resto de uma caipirinha gelada que, na véspera, dissecara a boca ao Ventor e a um Comandante da Marinha aposentado que lhe falara de almirantes portugueses, da marinha portuguesa, dos cascos dos navios e outras coisas. Depois de barcos, de marinha, de cascos, etç., o Ventor acabou por ir passear para o centro dos seus amigos incas!

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos