A Conquista de Ninive
Na passagem do Ventor por Ninive, Diana semeou flores por todo o lado e disse ao Ventor que eram "flores para Ninive".
Diana envia Flores para Ninive
Foi assim que o Ventor me contou a tomada de Ninive
Ao som das trombetas de Nabopolassar
Se movem homens, animais e carroças.
Nas margens do Eufrates estão a passar,
E se ouvem berrar camelos de bossas!
Junto ao grande rio, lento e sereno,
Que já prestou homenagem a Nemrod,
Se espelha nas águas, um leão pequeno,
Que do seu pêlo a poeira sacode.
Logo um frecheiro aponta seu arco,
Flecha na mão p'ra ferir o animal,
Escorregou na areia e caiu num charco,
Não sofrendo o bicho qualquer mal.
Subindo os outeiros rumo a norte,
Deixando para trás um lastro de pó,
Poderoso exército com grande suporte,
E a seu lado, Ventor sempre só!
Nas altas colinas sorria Diana,
Perante nuvens que em frente se movem,
Cabelos ao vento, a ninguém engana,
Pede ao ventor que seus lábios provem.
Junto a Ninive o exército faz alto,
Cada um se amanha conforme pode,
E, logo em frente, noutro planalto,
Se encontra Ventor com Nemrod.
Amigos de sempre, nunca esquecidos,
Por outros amigos de outros combates,
Perante o inimigo, nunca estão perdidos,
E nunca cometem quaisquer dislates.
Apontam os arcos, direito à cidade,
E pôem em marcha seus esquadrões,
Assaltam muralhas que, na verdade,
Escondem o medo de seus guardiões.
Ventor irado, forte e sisudo,
Fixa Nemrod, na sua tristeza,
A cidade que ele construíu e tudo,
Caía assaltada, devido à avareza.
Num chão de pó e cheiro a queimado,
Encontrou Ventor, Sinsariskun, ledo,
Avançou num porte, erecto e irado,
E Sinsarisckun se apossou do medo.
E, quando já tudo, parecia acabar,
Vindo do tempo, entrou Nemrod.
«Esta terra é de Nabopolassar,
Ele a governa porque ele pode!
Tudo en volta, é terra de kush,
Todo o meu reino me custou a criar.
Linda e bela, era Babilónia!
Todos os inimigos eu vou arrasar.
E para todos, sem parsimónia,
Haverá a lança de Nabopolassar»!
Diana prepara-se para caçar, mas ...