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Observando o Passado

Observando o Passado

Observando o Passado - as caminhadas do Ventor pelos trilhos dos milénios


No cabeçalho, o Taj Mahal, Amor de Pedra Feito, observado do rio Iamuna, o segundo rio sagrado dos indianos, considerado, desde 2018, um rio sem oxigénio, superpoluido.

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Nem o crack dos cavaleiros, na Síria, resiste à malvadez de animais que se dizem homens


Tudo começou aqui, em  Adrão, na serra de Soajo. No dia 06 de Janeio de 1946, dia de inverno, aquecido pelos raios do meu amigo Apolo, o mundo recebia de braços abertos a chegada dum puto que veio a fazer as suas caminhadas pelos trilhos que o Senhor da Esfera lhe estendeu neste Planeta Azul

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O tecto da Gruta de Altamira, onde mãos de milénios nos deixaram em pinturas estas belas mensagens visuais.


O Ventor saiu das trevas ... para caminhar entre as estrelas.

Ele sonha, caminhando, que as estrelas continuam a  brilhar no céu, que o nosso amigo Apolo ainda nos dá luz e que o nosso mundo continua a ser belo e a fazer pinturas.

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Ventor e Nabopolassar

Uma vez, meus amigos, ouvi o Ventor contar façanhas da sua vida por terras de Babilónia, que hoje fazem parte do moderno Iraque.

Por isso, eu estou de garras nas teclas para vos contar as suas façanhas. O Ventor, era amigo das gentes da então Mesopotâmia e ele era doido pelos seus rios, especialmente, o Eufrates, mas também do Tigre e ficava como que paranóico ao desfrutar das neves que cobriam as montanhas geladas do norte, hoje, terras dos Curdos.

O Ventor não esquece os amigos que corriam aquelas montanhas atrás das cabras que hoje já não há, de cavalos, ovelhas e demais bicharada que, já, na altura, eram fonte de rendimento das suas gentes. Mas, também é verdade, que houve sempre choques tremendos, entre as gentes dos vales e das montahas - e olhem que, nessa altura, ainda não se tinha descoberto o petróleo!

Stela de Istar

Nas suas deambulações pelas terras dos caldeus, há amigos que ele nunca esquece, como o destemido Nemrod, o inteligente codista Hamurabi, aqueles guerreiros, Nabopolassar, Nabucodonosor II e outros.

Pois é. O Ventor conheceu Nabopolassar, Sátrapa da Babilónia, então, na dependência do rei da Assíria, o terível Sinsariskun. Os assírios que já tinham conquistado Babilónia e pretendiam fazer uma política de expansão com as suas gentes locais agregadas, nomearam o babilónio, Nabopolassar, Sátrapa da Babilónia conquistada e, Sinsariskun, enviou-o para combater os bárbaros que, com poderosas esquadras, comandadas por piratas, ameaçavam as suas costas.

Nabu - deus do saber e da cultura

No princípio, Nabopolassar, cumpria, rigorosamente, as ordens emanadas de Ninive mas, depois de muito matutar, entendeu que ele teria de defender Babilónia dos assírios e não daqueles a quem os assírios chamavam piratas. Afinal, aqueles piratas não estavam interessados em fazer mal às gentes babilónicas, mas às gentes dominadoras e carniceiras da Assíria.

Um dia, no caminho de Ninive para Babilónia, junto ao rio Eufrates, um grupo de homens cavalgando cavalos e camelos, montaram arraiais à sombra de chorões, nas suas margens. Debaixo de um chorão, numa bela sombra de um calorento dia, dormia o Ventor com o seu arco encostado ao seu corpo. Um dos cavaleiros acabados de chegar aproximou-se vagarosamente do corpo estendido do Ventor, aproveitando para lhe tirar o arco, mas o cavalo branco do Ventor, Antar, um fiel companheiro das suas caminhadas, saíu debaixo de outro chorão e com os dentes, pegou o cavaleiro pelos cabelos e levantou-o no ar. Quando os outros se aproximaram em auxílio do companheiro, já o Ventor tinha o primeiro do grupo, na mira do seu arco. O primeiro do grupo era, exactamente, Nabopolassar! Nabopolassar, informou o Ventor que aquelas terras eram suas, pois elas eram uma legação dos seus antepassados.

O Ventor respondeu-lhe que não lhe reconhecia direitos sobre aquelas terras, pois elas eram as terras onde o seu amigo Nemrod tinha deixado, para sempre, as suas ossadas.

Nabopolassar, disse ao Ventor que tinha sido incumbido pelo rei Sinsariskun de dar luta aos bárbaros e era isso que ia fazer, levantando um exército babilónico e dirigir-se para a confluência dos rios. Mas o Ventor que não gostava dos bárbaros e gostava menos ainda de Sinsariskun, disse a Nabopolassar, para analisar bem a situação, pois não lhe agradava nada ver as terras do seu amigo Nemrod na posse dos assírios.

Os assírios eram terríveis

Nabopolassar, ao ver a insistência do Ventor em nomear o seu amigo Nemrod, por sinal, um ascendente seu, de Nabopolassar, começou logo a pensar naquilo que o Ventor lhe dissera e convidou-o a acompanhá-lo e, juntos, enfrentarem os bárbaros. Ventor avançou com Nabopolassar e seus homens rumo à confluência dos rios e apanharam, de surpresa, os bárbaros, não deixando que as suas esquadras se lançassem às águas do Golfo. Os bárbaros que iniciaram conversas com Nabopolassar e Ventor, ofereceram os seus serviços a Nabopolassar e dispuseram-se a ajudá-lo a tomar Ninive de assalto.

Nabopolassar perguntou ao Ventor se, perante esta nova situação, achava bem que os descendentes de Nemrod tomassem conta das suas terras e corressem com os assírios da sua terra sagrada. O Ventor disse-lhe que sim e poderia contar com ele, o seu arco e o seu cavalo Antar, para as grandes batalhas que se iam aproximar.

Já com forças suficientes, ao receber o apoio dos bárbaros e do terrível arco do Ventor, Nabopolassar, proclamou a independência de Babilónia e desencadeou várias lutas contra os assírios, propondo-se capturar a cidade de Ninive e o seu rei Sinsariskun. Para isso, aliou-se aos adversários dos assírios e fez uma aliança com Ciaxares, rei dos Medos que já tinha vencido os assírios em várias batalhas, obrigando Sinsariskun a refugiar-se em Ninive, colocando todo o seu poderoso dispositivo militar em redor da grande cidade, pronto a defende-la, até à morte.

Diana chorava ao saber da atitude do Ventor, ao prontificar-se para ajudar Nabopolassar a organizar um poderoso exército e darem luta aos não menos poderosos assírios. Organizava-se assim o assalto a uma das mais podrosas fortificações do planeta Terra, na altura - Ninive.

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Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o deus nórdico Freyr e o seu javali Gullinbursti, entre outos